Editor-Chefe de PRESÉPIO ONLINE
@eudavidribeiro
Esta será a coluna mais especial e também a mais difícil que escreverei por aqui, afinal de contas, o coração falará mais alto do que a razão neste momento. Em algum momento, chorarei e as lágrimas inundarão meu aparelho celular, pois irei abordar sobre um dos grandes amores da minha vida.
E não, não é sobre Camilla Sousa, Simone Bonavigo, Nicole Puzzi, MariMoon - as mulheres da minha vida -, mas sim sobre a rádio de verdade, a nossa Manchete.
Desde pequeno sempre fui fascinado pela comunicação e mais precisamente, o rádio. Não é a toa que o meu maior sonho era ser locutor de rádio, principalmente narrador esportivo e a minha história com a Manchete é uma história de amor de um garoto de 24 anos que não chegou a alcançar o tempo áureo da extinta Rede Manchete de Televisão e da Manchete FM, mas que conheceu a história e se apaixonou pela emissora.
A Rádio Manchete surge na minha vida bem antes de eu ter começado no rádio, quando eu cheguei a acompanhar programas apresentados por Luiz de França, Jorge Baccarin, Juninho Tititi, Ernane Alves, Mário Esteves, Davi Rangel, William Travassos e tantos outros grandes nomes do nosso rádio.
Ouvia muito as transmissões esportivas da equipe Apaixonada por Futebol e foi ali que me tornei fã de Rodrigo Campos, narrador pujante, vibrante e que faz a emoção mexer com o coração do torcedor - algo que exploro muito desde que me tornei narrador, em 2015 -, além do espetacular comentarista Cláudio Afonso, dono de análises pertinentes e da leitura precisa do jogo, sendo enfático e objetivo.
Pois bem, aquela Manchete havia parado no tempo, vinha executando programação da ditadura russa (Rádio Sputinik) misturado com programação musical gospel e Forró Dona Bela, conteúdo bem trash para uma marca tão histórica e icônica como esta.
Pedro Jack Kapeller, o Jaquito infelizmente morre no ano passado e as suas filhas, Carla e Daniela Kapeller assumem o que restou das empresas do grupo (Rádio Manchete e Bloch Som & Imagem). Nasce ali o sonho de resgatar essa marca, resgatar esse amor que é a Manchete.
Raphael de França, neto de Luiz se encarrega dessa missão e juntamente com Marco Túlio e William Chaves começam a projetar a nova Manchete. Nomes começam a surgir como Fernando Ribeiro (Cabeção), Jorge Baccarin e William Travassos já citados aqui anteriormente, além de Beto Júnior, Bruno Torelly, Rebecca Orenstein e tantos outros.
Começam a se formar as equipes de jornalismo, esporte, entretenimento e técnica da emissora, com nomes consagrados do rádio a exemplo de Geraldo Sena e novos talentos do rádio, como a bela morena e competente jornalista paranaense radicada no RJ, Márcia Magalhães, que é torcedora do Athlético-PR.
E então, eis que chegou o grande dia, o dia tão aguardado e tão esperado por todos nós: 3 de julho de 2023, uma segunda-feira.
Ás 9h05 minutos da manhã, após um lindo editorial lido por Raphael de França, surge no ar a marcante trilha sonora da icônica vinheta de abertura e de encerramento que foi utilizada pela Rede Manchete de Televisão do primeiro ao último dia da sua história. A partir dali, começara a ser escrito mais um lindo capitulo da rica e extraordinária história da Rádio Manchete, a marca mais tradicional, mais célebre e mais icônica da história da comunicação brasileira. Milhares e milhões de corações manchetistas, assim como o meu se emocionaram e não é pra menos.
O nosso amor não morreu, ele segue vivo, mais vivo do que nunca! Tanto em 760 AM quanto futuramente nos 76,9 MHz, faixa estendida de FM.
A Manchete volta para preencher aquilo que faltava no nosso meio: gente do rádio, gerindo o rádio da forma como ele é e acima de tudo, com todo o amor do mundo.
O rádio é amor e a Manchete é sem sombra de dúvidas, a extensão das nossas famílias e por tudo isso, que tem que ser celebrado esse momento, o momento do renascimento do rádio como um todo.
E eu, segurei sempre daqui de Salvador fazendo o M diariamente, no jornalismo e principalmente no esporte.
BEM VINDA DE VOLTA, MANCHETE!
VIDA LONGA Á RÁDIO DE VERDADE! Ⓜ️💛❤️
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